quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

PT e PMDB assumem as presidências da Câmara e do Senado

O novo Congresso tomou posse. PT e PMDB ficaram com as presidências da Câmara e do Senado, com o deputado Marco Maia e o senador José Sarney. São estilos bem diferentes. Ambos têm muito desafio pela frente.

O primeiro deles deve ser mesmo a votação do novo salário mínimo, votação que teoricamente não deveria ser nenhum problema para a presidente Dilma Rousseff. Afinal, no novo Congresso, os partidos que apoiam o governo são maioria. Mas deputados e senadores insatisfeitos podem mudar esse cenário. Ainda tem muita nomeação e muito cargo para ser ocupado. As indicações podem desagradar a alguns.

São caras novas e entusiasmo. “Estou chegando com muito ânimo, muita alegria e muita disposição para servir ao país. Quero continuar atuando nas áreas em que atuei ao longo dos anos, na defesa por direitos humanos e na luta por segurança pública”, declarou o deputado Alessandro Molon (PT-RJ).

“Pretendo acompanhar muito de perto as alterações que vão se promover na Justiça do país: Código de Processo Civil, Código de Defesa do Consumidor e a legislação penal”, disse o deputado Sérgio Zveiter (PDT-RJ).

Isso é que é disposição. Estreia na política, aos 87 anos, o senador Garibaldi Alves é o mais velho do Congresso. “Isso não me assusta. Eu vou procurar ser destemido e valente”, garante o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN).

O deputado mais votado do país, o palhaço Tiririca, falou sério: “Espero retribuir esses votos, a votação toda que eu tive com trabalho, se Deus quiser.”

Veterano, com 35 anos de mandato, José Sarney foi eleito presidente do Senado pela quarta vez – e última, disse ele. “É meu último mandato, não concorrerei mais a nenhuma eleição e, portanto, eu espero fazer neste mandato o melhor mandato que já fiz dentro do Senado Federal”, afirmou Sarney.

Na Câmara, quatro candidatos disputaram a presidência: Marco Maia, do PT; Sandro Mabel, do PR, Jair Bolsonaro, do PP; e Chico Alencar, do PSOL. A primeira deputada federal tetraplégica do país, Mara Gabrilli (PSDB-SP) usou um sistema especial para votar com os olhos. Ao fixar o olhar na direção de um dos candidatos, o sistema automaticamente marca em cima da imagem e registra o voto. “Foi muito mais difícil escolher em quem votar”, brincou a deputada.

Às 23h saiu o resultado. O deputado Marco Maia, do PT, vai ser o Presidente da Câmara nos próximos dois anos. Ele agradeceu os votos que ganhou brincando. “Eu disse que nós íamos fazer uma gestão tão boa nesses próximos dois anos na Câmara que os deputados iam pedir para nós ficarmos mais dois anos aqui”, declarou.

O novo Congresso ficou assim: tanto na Câmara como no Senado, o governo tem maioria folgada. Os partidos de oposição encolheram.

“Quantitativamente nós estamos um pouquinho menores. Agora, qualitativamente nós temos todas as condições de fazer um grande trabalho de oposição no Congresso”, contou ACM Neto (DEM-BA), líder do Democratas.

Na Câmara, os governistas somam 388 parlamentares. A oposição tem menos que a metade: 125 deputados. A oposição também perdeu espaço no Senado. São apenas 19 dos 81 votos.

Ficou mais tranquilo para o governo, mas é bom lembrar que alguns líderes de peso, que já foram governadores ou até presidentes da República, têm mais autonomia e podem surpreender em algumas votações.

“Existem algumas questões, como as reformas política e tributária e o próprio pacto federativo, que ultrapassam governos e devem encontrar a nossa disposição firme de votá-las”, comentou o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

O Senado tem agora três ex-presidentes da República: Itamar Franco, Fernando Collor e José Sarney.

Do Bom Dia Brasil

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