sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Fies: inscrições começam no dia 26 de janeiro



Professoras aprendem o braille no Instituto Municipal Helena Antipoff, que promove a inclusão de crianças com deficiência na rede pública de ensino (Tomaz Silva/Agência Brasil)
O Feis financia aos selecionados os custos com ensino superior em universidades particulares
Tomaz Silva/Agência Brasil

As inscrições para o processo seletivo do Fies relativo ao primeiro semestre de 2016 começam na próxima terça-feira (26) e seguem até o dia 29. As inscrições serão feitas exclusivamente pela internet. O Fies financia cursos superiores não gratuitos com avaliação positiva. O Ministério da Educação ainda não divulgou o número de financiamentos disponíveis para esta edição. As regras da seleção estão em edital publicado na edição de hoje (22) no Diário Oficial da União.
Pode se inscrever no processo seletivo do Fies o estudante que tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, obtido pelo menos 450 pontos na média nas provas e não tenha tirado 0 na redação. O candidato precisa ter também renda familiar mensal bruta per capita de até 2,5 salários mínimos.
O candidato poderá se inscrever em um único curso e turno entre aqueles com vagas ofertadas. Durante o período de inscrição, poderá alterar sua opção de vaga, bem como efetuar o cancelamento. Os estudantes serão classificados de acordo com as notas no Enem na edição em que tiver obtido a maior média.
Lista de espera
O processo seletivo do Fies referente ao primeiro semestre de 2016 terá chamada única e lista de espera. Os estudantes que não forem pré-selecionados na chamada única serão incluídos na lista de espera para o preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas. O resultado da pré-seleção na chamada única e a lista de espera serão divulgados no dia 1º de fevereiro.
No ano passado o Ministério da Educação anunciou mudanças nas regras do Fies para os contratos assinados a partir do segundo semestre de 2015, como a taxa de juros que passou a ser de 6,5% ao ano.
Em dezembro, portaria do Ministério da Educação definiu que, do total de vagas previstas para o primeiro semestre deste ano, 70% irão para os cursos considerados prioritários pela pasta, nas áreas de saúde, engenharia e de formação de professores.
Outra novidade é que as cidades com menor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) terão prioridade na distribuição de vagas do Fies. Além do IDHM, será considerada a demanda por educação superior, calculada a partir de dados do Enem, a demanda por financiamento estudantil, verificada a partir de dados do Fies, e a disponibilidade orçamentária do programa.

Edição: Talita Cavalcante
Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil

Dilma diz que está "estarrecida" com previsões do FMI para economia brasileira





A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (22) que ficou "estarrecida" com a piora das previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia brasileira. Durante reunião do Diretório Nacional do PDT hoje (22), em Brasília, ela destacou que o país voltará a crescer.
“Estou estarrecida com o relatório do Fundo Monetário Internacional, a gente sabe que o fundo fala muita coisa”, afirmou. Esta semana, o FMI divulgou relatório com previsões para a economia global. No caso do Brasil, a entidade aumentou, de 1% para 3,5%, a estimativa de queda do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo Dilma, o fundo não atribuiu a situação crítica do Brasil à economia. “Eram dois fatores: a duração da instabilidade política e o fato de as investigações contra a Petrobras terem um prazo de duração maior e mais profundo que eles esperavam. Isso seria os principais fatores responsáveis pelo fato de eles terem de rever a posição do fundo monetário em relação ao crescimento do Brasil.”
Para Dilma, os investimentos voltarão ao país e o Brasil retomará o crescimento. “Temos todos os fundamentos sólidos para isso”, garantiu, ao acrescentar que o processo de inclusão social não será interrompido e que educação continuará sendo a questão central de sua gestão.
“Tenho certeza de que vamos estabilizar politicamente o país, vamos assegurar ao país a tranquilidade para voltar a crescer. Na democracia, é absolutamente normal que a oposição e qualquer um critiquem e se manifestem. Não podemos aceitar que as questões essenciais para o país não sejam objeto de uma ação conjunta visando a garantir que nós voltemos a gerar empregos e renda. Nós faremos a nossa parte”, destacou.
Pré-candidatura
Além de oficializar a pré-candidatura do ex-governador do Ceará e ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, à Presidência da República em 2018, o Diretório Nacional do PDT decidiu referendar hoje a decisão de dezembro das bancadas do partido na Câmara e no Senado e da Executiva Nacional contrária ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, aberto na Câmara dos Deputados. Os pedetistas também decidiram apoiar a saída de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Casa.
Dilma voltou a dizer que o processo que está sofrendo é uma tentativa de golpe. “Não tenho na minha vida, ao longo do tempo que passei no PDT ou no PT, nenhuma acusação de uso de dinheiro público. Não tenho dinheiro no exterior e tenho uma vida ilibada”, disse sob aplausos da militância pedetista.
A presidenta lembrou o fundador o PDT, Leonel Brizola, a quem chamou de herói brasileiro e disse que precisa de sugestões para fazer com que o Brasil vá pra frente. “Você já declarou que me ama várias vezes, espero que você mantenha a sua palavra”, brincou com o presidente do PDT, Carlos Lupi.

Karine Melo e Ana Cristina Campos - Repórteres da Agência Brasil
Edição: Talita Cavalcante e Juliana Andrade

CNC: número de famílias endividadas cai em 2015, mas inadimplência aumenta

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O número de famílias que reconheceram não ter perspectiva de pagar suas contas atrasadas subiu 23,2% Marcello Casal jr


O ano de 2015 teve uma redução de 1,3% no número médio de famílias com dívidas, divulgou hoje (22) a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a CNC, no entanto, o número de famílias com dívidas e contas em atraso (inadimplentes) aumentou 8,4% em relação a 2014, chegando a 20,9%.
Pela primeira vez, desde 2010, ocorre aumento no número de famílias com contas atrasadas. No ano passado, 19,4% das famílias estavam nessa situação.
Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) e apontam aumento da inadimplência. O número de famílias que reconheceram não ter perspectiva de pagar suas contas atrasadas subiu 23,2% e chegou a 7,7% do total. Em números absolutos, havia mais de 1,1 milhão de famílias nessa situação em 2015, contra 899 mil em 2014.
A redução do número de famílias com dívidas, para a CNC, está ligada a fatores desfavoráveis ao consumo, como aumento da inflação e desaquecimento do mercado de trabalho.
A pesquisa também aponta que a renda das famílias brasileiras está mais comprometida com o pagamento de dívidas. O percentual médio da renda usada para este fim subiu de 30,4% para 30,6% – a maior taxa da série iniciada em 2010.
Crédito
Segundo a pesquisa, o encarecimento do crédito causado pelo aumento das taxas de juros contribuiu para um maior comprometimento da renda, que teve queda em valores reais no ano passado.
Um percentual de 12,4% das famílias se consideravam muito endividado em 2015, contra 11,6% em 2014. A parcela que acredita estar pouco endividada caiu de 26,6% para 26,2%.
As famílias com renda de até dez salários mínimos estão mais endividadas (62,4%) e também apresentam percentuais maiores quando perguntadas se têm contas em atraso (23,4%) e se estão sem condições de pagá-las (9%).
Para as famílias que ganham mais de dez salários mínimos, o endividamento está em 54,8%, 20,1% têm dívidas atrasadas e 2,8% declaram que não vão ter condições de quitá-las.
Vinícius Lisboa - repórter Agência BrasilEdição: Talita Cavalcante

Governo prepara privatização de seis distribuidoras de energia São elas: Companhia Energética do Piauí (Cepisa), Companhia Energética de Alagoas (Ceal), Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia S.A. (Ceron), Boa Vista Energia S.A. e Amazonas Distribuidora de Energia S.A.

O governo Dilma Rousseff prepara a privatização de seis distribuidoras de energia elétrica. São elas: Companhia Energética do Piauí (Cepisa), Companhia Energética de Alagoas (Ceal), Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia S.A. (Ceron), Boa Vista Energia S.A. e Amazonas Distribuidora de Energia S.A. A informação foi publicada nesta sexta-feira (22) no jornal O Globo.
Para tanto, o governo fará neste ano um aporte na Eletrobrás de R$ 5,95 bilhões. O valor, inclusive, servirá para renovar  contrato de concessão das distribuidoras.
“Após a renovação dos contratos, o governo federal poderá dar início ainda este ano ao processo de privatização das distribuidoras ligadas à Eletrobras, como ocorre com a Celg, de Goiás, que deve ser vendida nos próximos meses. O governo pretende arrecadar com a venda das distribuidoras mais do que os quase R$ 6 bilhões que serão aportados”, afirma o periódico
Procurado pelo jornal, o Ministério de Minas e Energia (MME) confirmou a capitalização neste ano mas disse, por meio de nota, que “ainda está em estudo a forma que ela será feita”.

PT tira Dilma e Lula das inserções na TV A atual presidente e seu antecessor foram alvos de panelaços quando apareceram no horário reservado ao partido em 2015. Cúpula pretende centrar próximos programas na defesa da sigla


A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula ficarão de fora das inserções comerciais que o PT levará ao na primeira quinzena de fevereiro. O partido vai priorizar a defesa da imagem da sigla, abalada por envolvimento de petistas em esquemas de corrupção com o do mensalão e o petrolão. A informação é daFolha de S.Paulo. No ano passado, a aparição de Dilma e Lula na TV gerou onda de panelaços em quase todo o país.
As inserções serão exibidas nos dias 2, 4, 6, 9 e 11 de fevereiro. A cúpula do partido estuda se os dois aparecerão no programa de dez minutos que será levado ao no ar dia 23. Tudo vai depender do clima político após a volta dos trabalhos no Congresso, segundo a Folha.
O presidente do PT em São Paulo, Emídio de Souza, nega que a exclusão de Lula e Dilma esteja relacionada aos panelaços e afirma que o protesto pode ocorrer mesmo sem a presença dos dois na TV.
Em pronunciamento de rádio e TV em 8 de março, Dia da Mulher, Dilma foi alvo de panelaços em 12 capitais. Depois disso, a presidente optou por gravar vídeos e pronunciamentos para a internet. Em maio foi a vez de o depoimento de Lula no horário partidário ser recebido com protestos em 11 capitais. Os dois voltaram a aparecer nas inserções de agosto que ironizavam os panelaços. Houve protesto em 17 capitais.
Fonte: congresso em Foco