sexta-feira, 18 de junho de 2010

Escritor Saramago morre aos 87 anos: Único Prêmio Nobel de Literatura

O corpo do escritor português José Saramago é velado na biblioteca da cidade espanhola de Tías, na ilha de Lanzarote (uma das Ilhas Canárias), onde o escritor morreu nesta sexta-feira (18) aos 87 anos. Segundo a família, o corpo do escritor será trasladado para Lisboa amanhã(19), onde será cremado.

De acordo com o site do jornal português "Diário de Notícias", o governo vai deslocar um avião da Força Aérea nas próximas horas para levar o corpo do escritor de Lanzarote para Lisboa, onde ocorrerá outro velório.

Prêmio Nobel de Literatura -Saramago ganhou em 1998 o único Prêmio Nobel da Literatura em língua portuguesa. O governo anunciou dois dias de luto oficial pela morte do escritor. Um comunicado afirmou que é uma “justa homenagem” para expressar pesar pela morte do escritor. Saramago ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em outubro de 1998, aos 75 anos.

Em comunicado à época, Real Academia Sueca assim justificou a premiação: "A arte romanesca multifacetada e obstinadamente criada por Saramago, confere-lhe um alto estatuto. Em toda a sua independência, Saramago invoca a tradição que, de algum modo, no contexto atual, pode ser classificada de radical. A sua obra literária apresenta-se como uma série de projetos onde um, mais ou menos, desaprova o outro, mas onde todos representam novas tentativas de se aproximarem da realidade fugidia".


A morte -A Fundação José Saramago confirmou em comunicado que o escritor morreu às 12h30 (horário local, 7h30 em Brasília) na residência dele em Lanzarote, onde morava desde 1993, "em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença. O escritor morreu estando acompanhado pela sua família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila".
A primeira biografia de Saramago, do escritor também português João Marques Lopes, foi lançada neste ano. A edição brasileira de "Saramago: uma Biografia" chegou às livrarias no mês passado, com uma tiragem de 20 mil exemplares.

Atuação política

Saramago teve forte atuação política. Em 1969 aderiu ao Partido Comunista, nessa época clandestino, e participou em Revolução dos Cravos de 25 de abril de 1974, no movimento que pôs fim à ditadura de Salazar.

Quando em 2003 aconteceu na ilha a prisão de 75 dissidentes e a execução, depois de um julgamento sumário, de três sequestradores de uma embarcação para Miami, teve uma primeira reação de moderado desacordo.

No entanto, ainda em 2003, afirmou, em uma carta pública, que "de agora em diante Cuba segue seu caminho, eu fico aqui. Cuba perdeu minha confiança e fraudou minhas ilusões".

Poucos meses depois diria ao jornal cubano "Juventud Rebelde": "Não rompi com Cuba. Continuo sendo um amigo de Cuba, mas me reservo o direito de dizer o que penso, e dizer quando entendo que devo dizê-lo".

Em 2008, Saramago saiu em defesa do escritor e poeta nicaraguense Ernesto Cardenal, marginalizado e perseguido pelo regime sandinista.

Também se remeteu contra o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, a quem acusou de ter "má consciência" e de ser "indigno de seu próprio passado" revolucionário.

Do presidente venezuelano Hugo Chávez disse, em 2007, que ele tem "métodos (que) podem ser discutidos", apesar de afirma que "Chávez não é nenhum problema, que é um homem que ama seu povo".

Ajuda ao Haiti
Saramago relançou em janeiro deste ano nova edição do livro A Jangada de Pedra, que tem toda a sua renda revertida para as vítimas do terremoto no Haiti. O relançamento da obra foi resultado da campanha "Uma balsa de pedra a caminho do Haiti", que doa integralmente os 15 euros que custará o livro (na União Europeia) ao fundo de emergência da Cruz Vermelha para ajudar o Haiti.

Em nota, Saramago havia explicado que a iniciativa é da sua fundação e só foi possível graças à "pronta generosidade das entidades envolvidas na edição do livro".

Em comunicado à época, Real Academia Sueca assim justificou a premiação: "A arte romanesca multifacetada e obstinadamente criada por Saramago, confere-lhe um alto estatuto. Em toda a sua independência, Saramago invoca a tradição que, de algum modo, no contexto atual, pode ser classificada de radical. A sua obra literária apresenta-se como uma série de projetos onde um, mais ou menos, desaprova o outro, mas onde todos representam novas tentativas de se aproximarem da realidade fugidia".
* Com agências internacionais

Ednaldo Pereira participa do quadro "Ridículo" do Show do Tom na Record



O cantor guarabirense Ednaldo Pereira viajou na manhã desta quinta-feira (17), por volta das 5h, para São Paulo, onde fará uma participação especial no Show do Tom, exibido pela Rede Record. Em disputa com outros artistas, Ednaldo participará de um dos quadros de maior sucesso do programa, o Rídiculo, que faz uma sátira ao Ídolos, comandado por Rodrigo Faro. Mas não foi apenas a equipe de Tom Cavalcante que demonstrou interesse pelo cantor. Segundo Ednaldo, a produção do Pânico na TV também procurou saber o dia em que ele virá à capital paulista. Portanto, não se espante se o guarabirense aparecer na Rede TV. Essa é a segunda vez que o artista se apresentará em uma emissora nacional de televisão. Em 2008, Ednaldo foi entrevistado pelo apresentador Jô Soares e, neste ano, teve um dos seus vídeos exibidos no Domingão do Faustão. Em entrevista ao brejo.com, Ednaldo relatou que ficou lisonjeado quando recebeu a ligação da produção de Tom Cavalcante. “Fico feliz, pois dentre grandes talentos que existem em Guarabira, eu fui escolhido para participar de um programa nacional”, disse. Autor de várias músicas irreverentes, como God is Good e What is the brother, o cantor lança mais uma canção: Vale nada, vale tudo, que ,de acordo com ele, já foi tocada em diversas rádios de Guarabira e de outras cidades.

Brejo.com

TSE torna inelegível politicos fichas sujas: Cássio acredita no entanto na sua elegibilidade



Minutos depois de ser emitido o posicionamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em resposta a uma consulta do deputado Ilderlei Cordeiro (PPS-AC) sobre o Ficha Limpa, entendendo que cidadãos que sofreram condenações por um órgão colegiado (mais de um juiz) mesmo antes da publicação da lei ficam inelegíveis, o ex-governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB) comentou o assunto em seu microblog, o Twitter: "Em resposta à consulta formulada, o TSE deixa claro que pena já aplicadas em AIJE não podem ser ampliadas. É nitidamente a minha situação. Já fui Prefeito três vezes e Governador duas vezes. Nunca tive uma única conta rejeitada. Não fui cassado por improbidade nem por compra de votos. Já cumpri minha sanção", escreveu ele. A dúvida no caso da lei Ficha Limpa não foi totalmente sanada pela resposta do TSE à consulta do deputado Ilderlei Cordeiro. Resta saber se a inelegibilidade se aplica àqueles políticos que assim se encontravam à época da sanção da lei, tendo sofrido condenações anteriores, ou se seria extensiva a todos os já condenados anteriormente, inclusive aos que já teriam cumprido as penas impostas, como é o caso do ex-governador da Paraíba, cuja inelegibilidade expirou no ano passado. Julgamento - O ministro relator da consulta sobre a abrangência da lei, Arnaldo Versiani, defendeu que inelegibilidade não é pena e nem significa perda de direito político. Versiani enfatizou que a lei alcança os processos em tramitação, os já julgados ou aqueles aos quais ainda cabe recurso. O relator foi acompanhado por cinco dos sete ministros. Apenas Marco Aurélio Mello ficou contra. Segundo Versiani, as causas de inelegibilidade devem ser verificadas no momento do registro da candidatura. Se, naquela data, o candidato tiver condenações por órgão colegiado, estará impedido de se candidatar. Ou seja, o registro poderá ser negado. Para Versiani, não há por que se alegar que a lei estará retroagindo para prejudicar o direito do candidato. - Não se trata de retroagir. A causa de inelegibilidade incide sobre a situação do candidato no momento do registro (até 5 de julho). Não se trata de perda de direito político, de punição. Inelegibilidade não constitui pena. A condenação é que por si só acarreta a inelegibilidade - disse Versiani. - A incidência de causa de inelegibilidade, sem exigência de trânsito em julgado (condenação definitiva), resulta de se exigir vida pregressa compatível dos candidatos.

Do ParlamentoPB com O Globo