quarta-feira, 29 de abril de 2015

Reforço do PMDB - Ex-vereador George Victor pode disputar vaga na Câmara Municipal de Guarabira em 2016

Ex-vereador George Victor

O ex-vereador George Victor, incentivado pela classe artística, além de setores da indústria e do comércio guarabirense, pode vir a disputar uma das 15 vagas da Câmara Municipal de Guarabira no próximo ano.

Quando esteve no exercício do mandato, George fez um bom trabalho em defesa dos comerciantes e dos artistas de Guarabira na Câmara Municipal. O incentivo, para que o ex-vereador volte a disputar as eleições em 2016, tem partido em sua grande da classe artística.

George Victor, além de comerciante, é cantor e compositor, sendo considerado um dos maiores valores da cultura regional. Na última eleição que disputou, o ex-vereador obteve mais de 1000 votos, sendo um dos mais votados de Guarabira.

Além de vereador, George Victor exerceu o cargo de secretário de Planejamento da Prefeitura de Guarabira, inclusive fazendo um bom trabalho a frente da pasta e auxiliando a então prefeita da cidade, Fátima Paulino.

- Atualmente filiado ao PMDB, George Victor é liderança com capacidade para mais de 1000 votos, portanto, caso decida candidatar-se a vereador em 2016, terá grandes chances de eleição – afirma artista guarabirense e amigo do ex-vereador. 

Assessoria

Rendimento real dos trabalhadores tem maior queda mensal em 12 anos


Funcionários públicos estatutários e militares foram os que mais perderam rendimento na comparação com fevereiro, e também na comparação anual, com quedas de 2,3% e 3,1%

Divulgação
Imagem ilustrativa
A queda de rendimento médio real habitual dos trabalhadores registrada em março de 2015 pela Pesquisa Mensal do Emprego (PME) foi a maior desde janeiro de 2003, se considerada a comparação com mês imediatamente anterior. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda caiu 2,8%, recuando de R$ 2.196,76 para R$ 2.134,60.
Na comparação com março do ano passado, a perda do rendimento foi 3%, maior recuo desde fevereiro de 2004. Com a queda, a renda dos trabalhadores ficou abaixo também da registrada em março de 2013, quando era R$ 2.136,71. Em março de 2014, os trabalhadores recebiam, em média, R$ 2.200,85.
Os funcionários públicos estatutários e militares foram os que mais perderam rendimento na comparação com fevereiro, e também na comparação anual, com quedas de 2,3% e 3,1%. No ano passado, a renda média desse grupo era R$ 3.726,10, e, neste ano, o valor ficou em R$ 3.612,10. Segundo a coordenadora da Pesquisa Nacional por Amostra por Domicílio, Maria Lúcia Vieira, que apresentou os dados da PME, a falta de reajustes pode ter sido uma das causas da queda.
Os trabalhadores com carteira assinada sofreram a segunda maior redução de rendimento. Eles perderam 2,1% em comparação com fevereiro e 2,3% na comparação com março. A renda média desse grupo caiu de R$ 2.005,37 para R$ 1.959,70, enquanto os trabalhadores sem carteira assinada passaram de R$ R$ 1.518,63 para R$ 1.560, com alta de 2,7%. Em relação a fevereiro, no entanto, esse grupo também perdeu renda, com uma queda de 0,4%.
No rendimento médio habitual dos trabalhadores nas seis regiões metropolitanas pesquisadas, a maior queda ocorreu em Salvador: a renda caiu 6,8% na comparação com fevereiro e 6,9% em relação a março de 2014, chegando a R$ 1.601,80, a menor entre as seis regiões.
Quem mais sentiu os efeitos da queda no rendimento em Salvador foi o trabalhador por conta própria: a renda caiu 7% em relação a fevereiro e 18,7% em relação a março de 2014. A renda do trabalhador sem carteira assinada no setor privado subiu 9,1% em comparação com fevereiro e 18,8% em comparação com março.
Porto Alegre teve a segunda maior queda no rendimento na comparação com o mês de fevereiro, de 4,4%. Em relação a março do ano passado, a região metropolitana gaúcha teve recuo de 3,5% no rendimento real habitual dos trabalhadores, que ficou em R$ 2.099,30.
A região metropolitana do Recife foi a única que teve aumento da renda na comparação com o ano passado, com alta de 2,2%, de R$ 1.605,06 para R$ 1.641. Quando analisado o mês imediatamente anterior, houve retração de 1,4% na renda.
Rio de Janeiro (-2,6%), Belo Horizonte (-3,1%) e São Paulo (-2,3%) também tiveram queda na comparação com fevereiro, e, quando comparadas a março de 2014, essas três regiões metropolitanas tiveram queda de 2,2%, 2,8% e 3,4%.

Padre da Paraíba suspeito de fazer orgias com menores é achado morto em Pernambuc


Vítima era padre de uma cidade do interior da Paraíba e estaria passando por tratamentos de saúde para curar uma suposta depressão

Reprodução/Arquivo pessoal
Ele foi achado morto
O padre paraibano Adriano José, suspeito de pedofilia, foi encontrado morto na manhã desta terça-feira (28), na cidade de Bezerros, a 102 km de Recife, no interior de Pernambuco. As causas da morte ainda são desconhecidas.
Ele era pároco da cidade de Jacaraú, no Litoral Norte da Paraíba, a km de João Pessoa e era apontado pelo promotor Marinho Mendes como autor de orgias com menores, dentro de uma casa paroquial.

Mendes disse ao Cidade Alerta Paraíba, da TV Correio HD, que as acusações que recaíam sobre ele devem ser desfeitas, como manda a Constituição, por conta da morte, mas os processos contra a Arquidiocese da Paraíba continuam. O promotor pede que a Arquidiocese pague indenização de R$ 130 milhões a adolescentes que seriam vítimas.

Portal Correio tentou entrar em contato com a Arquidiocese da Paraíba para comentar o caso, mas os telefones não foram atendidos.

Execução é fato grave na relação entre Brasil e Indonésia, diz Itamaraty

Para o governo, o fato aumenta a disposição do Brasil em defender a abolição da pena de morte nos organismos internacional

Valter Campanato/Agência Brasil
Danese leu documento enviado por Dilma ao presidente indonésio
O governo brasileiro considerou a execução do brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte nesta terça-feira (28), na Indonésia, um fato grave na relação entre os dois países. A notícia do fuzilamento de Gularte foi recebida pelas autoridades brasileiras com “profunda consternação”. O governo manifestou pesar e prestou solidariedade à família de Rodrigo Gularte. 

Para o governo, o fato aumenta a disposição do Brasil em defender a abolição da pena de morte nos organismos internacionais.

O corpo de Rodrigo Gularte, de 42 anos, será enterrado no Brasil. Anteriormente, a intenção da família era cremar o corpo. Ele foi preso em 2004, em Jacarta, capital da Indonésia, tentando entrar no país com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe e condenado à pena de morte em 2005.

Segundo nota lida há pouco no Palácio Itamaraty pelo secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Sérgio Danese, a presidenta Dilma Rousseff enviou carta ao presidente indonésio, clamando para que a pena capital fosse comutada, por causa do quadro psiquiátrico do brasileiro.

Dilma tomou conhecimento da morte do brasileiro no avião presidencial, quando se deslocava para Brasília, após participar de um evento em Goiana, no interior de Pernambuco.

De acordo com a nota enviado ao governo da Indonésia, o estado de saúde de Rodrigo Gularte foi “agravado pelo sofrimento que sua situação lhe provocava nos últimos anos. Lamentavelmente, as autoridades indonésias não foram sensíveis a esse apelo de caráter essencialmente humanitário”.

“A execução de um segundo cidadão brasileiro na Indonésia, após o fuzilamento de Marco Archer Cardoso Moreira, em 18 de janeiro deste ano, constitui fato grave no âmbito das relações entre os dois países e fortalece a disposição brasileira de levar adiante, nos organismos internacionais de direitos humanos, os esforços pela abolição da pena capital”, conclui a nota.

Segundo Danese, há uma preocupação do governo brasileiro em conversar com a Indonésia, de modo a evitar que esse tipo de execução volte a ocorrer. O Brasil também buscará convencer os países que têm pena de morte que não a apliquem mais.

“Vamos especialmente dirigir esforços nesse âmbito multilateral e no trabalho de convencimento dos países que ainda aplicam a pena capital, para que ela possa ser paulatinamente abolida. Há um grande esforço para que os países decretem, pelo menos, moratórias na aplicação da pena capital. Ainda que não alterem seus regimes jurídicos, que mais adiante possam chegar nessa situação ideal da abolição da pena capital", concluiu o diplomata.

Portal correio

Cássio protocoliza pedido para criação da CPI para investigar fundos de pensão

Segundo o senador Cássio, apenas no Postalis, dos funcionários dos Correios, prejuízo pode ultrapassar os R$ 5 bilhões

Jaciara Aires/Divulgação
Cássio Cunha Lima
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), informou no Plenário nessa terça-feira (28) que protocolou na Mesa Diretora um novo pedido para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com a finalidade de apurar irregularidades no gerenciamento de fundos de previdência complementar de funcionários das sociedades de economia mista e de empresas públicas controladas diretamente pela União.
Entre as entidades cujas contas serão investigadas, a partir de 2003, caso seja criada a CPI, estão a Previ, dos funcionários do Banco do Brasil; a Petros, da Petrobras; a Funcef, dos empregados da Caixa Econômica Federal; e o Postalis, dos Correios.

“Existem indícios de irregularidades administrativas por trás dos vultosos prejuízos acumulados por esses que são alguns dos maiores Fundos de Pensão do Brasil. Sejam frutos de malfeitos, de ilícitos penais ou cíveis, de ingerência política, administrativos ou contábeis, o que realmente importa é que o Senado Federal precisa fazer uma busca minuciosa, profunda e séria sobre o que de fato ocorre nessas entidades”, explicou Cássio Cunha Lima.
O novo requerimento contou com a assinatura de 27 parlamentares, número mínimo exigido para abertura de CPI no Senado. A criação da comissão precisa ainda ser confirmada pela Mesa. É que, regimentalmente, pedido de CPI tem que ser protocolado e, então, ter as assinaturas conferidas pela Secretaria Geral da Mesa para, só então, ser lido no plenário da Casa.

“Não podemos deixar que milhares de famílias paguem uma conta que não é delas. Quem pagará esse rombo serão os funcionários que, a partir deste mês de abril, serão descontados em seus salários pelos próximos quinze anos. São centenas de pessoas prejudicadas e com perspectivas futuras negativas, justamente no momento de suas vidas em que mais precisarão utilizar dos benefícios que foram aplicados nesses fundos, para os quais elas contribuíram ao longo de toda uma carreira funcional”, disse o senador.

Exposição em homenagem a Augusto dos Anjos é aberta nesta quinta, em João Pessoa

Texto de apresentação da exposição explica que as obras que a compõem estão situadas no contexto da discussão e reflexão empreendida pela política voltada às artes visuais na Funesc

Foto: Divulgação
Augusto e a publicação de Eu
Um poeta atemporal cujos textos ainda repercutem 100 anos após sua morte. Para reforçar essa memória, a Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) abre, nesta quinta-feira (30), a Exposição de Fotografia em grandes formatos Poeta Augusto dos Anjos. A mostra é resultado de um edital lançado em 2014 pela instituição reverenciando a vida e a obra do poeta que recebeu o título de ‘Paraibano do Século’ por ocasião do centenário de seu falecimento. Os projetos selecionados são dos artistas Annie Luna, Gustavo Moura, Rafael Mendes e Rodrigo de Carvalho. A abertura será às 19h30, no teatro de Arena Leonardo Nóbrega, no Espaço Cultural José Lins do Rego.

Durante a abertura da exposição, serão apresentadas duas intervenções artísticas do músico Chico Viola e do intérprete Edilson Dias, com base na obra de Augusto dos Anjos. A programação compõe o conjunto de atividades realizadas pela Funesc, por meio da sua Diretoria de Desenvolvimento Artístico e Cultural/Coordenação de Artes Visuais, em parceria com a Galeria de Arte Archidy Picado, Coordenações de Música e de Teatro para enaltecer a poética de um dos mais renomados escritores brasileiros.
O texto de apresentação da exposição explica que as obras que a compõem estão situadas no contexto da discussão e reflexão empreendida pela política voltada às artes visuais na Funesc, no sentido de manter nos editais de seleção o que é corrente em todo país: consonância dos projetos com os conceitos que situam a produção artística no contexto da arte contemporânea.
Edital
Lançado no ano de centenário de morte do escritor, o Edital de Fotografia Poeta Augusto dos Anjos teve como objetivo compor um conjunto harmonioso de fotografias para ocupar área expositiva no interior do Espaço Cultural José Lins do Rego. A comissão julgadora foi composta pelo fotógrafo Augusto Pessoa, o designer Silvio Sá e pelo artista visual Edilson Parra.
Entre os projetos selecionados constam obras que extrapolam expectativas dos recursos utilizados na fotografia, o que confere imagens que ‘tilintam’ ao olhar, devido à apropriação de uma técnica inovadora quando o artista faz uso de pigmentos luminosos refletivos para evidenciar o movimento, utilizando-se o corpo como suporte.
Em outras obras, a atmosfera silenciosa adensa ainda mais o universo de Augusto, pois os elementos morte, cruz e epitáfio parecem aprisionados no tempo que os corrói. Constam ainda registros que evidenciam uma vida dedicada a uma causa nobre: a proteção aos animais errantes, tendo o cão como sujeito - elemento que remete ao poema “Versos a um Cão”. A proposta estética sonda as sensações e atmosfera, levando a pensar sobre a relação do homem com o meio ambiente, tema fortemente desvelado no poema “Debaixo do Tamarindo”. 

Serviço: Poeta Augusto dos Anjos - Exposição de Fotografia em grandes formatos
Artistas: Annie Luna, Gustavo Moura, Rafael Mendes e Rodrigo de Carvalho
Data de abertura da exposição: quinta-feira (30)
Horário: 19h30
Local: Entorno do Teatro de Arena - Espaço Cultural/PB
Período: até 30 de julho
Realização: Funesc

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Guarda dos “ratinhos da CPI” será dividida entre dois parlamentares

Segundo informações do PSD, a Delegacia de Polícia Legislativa (Depol) resgatou cinco roedores: um hamster, dois esquilos da Mongólia e dois camundongos


Hamster deve ser abrigado em casa de deputado
A guarda dos cinco roedores que foram soltos no início da CPI da Petrobras
 será dividida entre os deputados Ricardo Izar (PSD-SP), presidente da Frente
Parlamentar em Defesa dos Direitos dos Animais, e Laudívio Carvalho (PMDB-MG).
 Segundo informações do PSD, a Delegacia de Polícia Legislativa (Depol) resgatou
cinco roedores: um hamster, dois esquilos da Mongólia e dois camundongos.
“A princípio vou levá-los para o veterinário e para a minha casa. Depois analisarei
as medidas a serem tomadas. Maus-tratos de animais é crime”, disse Izar. Ele pediu
 pessoalmente ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a guarda dos animais.
O deputado Laudívio Carvalho também pediu a guarda dos animais e Izar afirmou que
 “não há problemas em cada um ficar com parte dos animais”. Segundo informações
do PSD, pelo menos 20 pessoas já mantiveram contato com Izar pedindo a guarda
dos roedores. Entre elas, uma criança que sofre com uma doença neurológica.
O homem que soltou roedores na CPI da Petrobras em que o tesoureiro do PT,
 João Vaccari Neto, entrava para depor é funcionário da Câmara e lotado na
2ª vice-presidência da Câmara, controlado pelo deputado Fernando Giacobo (PR-PR).
 Tanto Giacobo, quanto o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmam
que o servidor será exonerado.Márcio Martins de Oliveira ocupa “cargo de natureza especial”
 (de livre nomeação) e tem salário de aproximadamente R$ 3 mil.
Ele foi detido por homens da Polícia Legislativa da Câmara após soltar os ratos
dentro da CPI. Ele ingressou na Câmara em 2012, contratado pelo deputado federal
 Paulinho da Força (SD-SP). Somente em fevereiro deste ano, ele foi transferido
para a 2ª vice-presidência da Casa.
Congresso em Foco

Deputado gasta R$ 168 mil em posto de genro

Paulo Feijó utilizou verba da Câmara para ressarcir despesas com combustíveis. Após virar alvo de abaixo-assinado e ameaça de processo no Conselho de Ética, ele anunciou que vai devolver dinheiro à Casa, em prestações

Saulo Cruz/Ag. Câmara

De setembro de 2011 a fevereiro de 2015, o deputado Paulo Feijó (PR-RJ)
gastou R$ 168,4 mil para abastecer veículos utilizados por ele e assessores em
 um posto em Campos de Goytacazes (RJ). O parlamentar foi integralmente
ressarcido pela Câmara após apresentar notas fiscais. Seria apenas mais um
caso de uso da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), o
chamado cotão, benefício ao qual todo congressista tem direito para cobrir
despesas atreladas ao mandato, não fosse um detalhe: o posto Líder Ltda,
 usado todas as vezes pelo parlamentar, é de propriedade de seu genro,
Leandro Souza Barroso.

Norma interna da Câmara proíbe deputados de pedirem ressarcimento
de despesas feitas em empresas de propriedade de parentes
 em até terceiro grau, como filhos, pais, cônjuges, irmãos, sobrinhos, avós,
 sogros, noras e genros. Depois de virar alvo de um abaixo-assinado com
 mais de 2.142 assinaturas, que pediam a devolução dos recursos, sob pena
 de representação no Conselho de Ética e no Tribunal de Contas da União (TCU),
 Feijó admitiu o “lapso” e se comprometeu a ressarcir a Câmara pelas despesas
 feitas indevidamente.
O deputado promete devolver todos os R$ 168,4 mil de maneira parcelada, já
 que alega não dispor de dinheiro suficiente para repor todo o valor de uma só vez.
 O caso foi revelado pelo ativista digital Lúcio Big, coordenador da Operação
Política Supervisionada (OPS), responsável pela apresentação do abaixo-assinado
que levou o parlamentar a rever seus gastos.
Em entrevista ao Congresso em Foco, Paulo Feijó admitiu que abasteceu no posto
do genro, que, segundo ele, tem participação acionária de 5%. O deputado afirmou
que é cliente do posto há 30 anos. “É um posto de minha confiança. Mas de sete anos
 pra cá, o filho do dono casou com a minha filha e eu estava achando que o posto era
só do pai do meu genro. Só depois de alertado, vi que meu genro tem 5% de participação
 neste posto”, declarou. “Como todos os abastecimentos que fiz foram neste posto, me
informei na assessoria da Câmara que vou ter de ressarcir”, acrescentou.
Feijó diz que não agiu por má-fé. “Se eu tivesse abastecido em um posto do lado,
 não teria tido problema. O que aconteceu foi exatamente um lapso. Eu fui traído por
 uma rotina de quase 30 anos. Já assinei um termo de ressarcimento, vou esperar o
 levantamento de custos da Câmara e parcelar [o ressarcimento]”, disse o deputado.
 “Eu que vou ficar no prejuízo, mas vou pagar um preço alto por esse lapso”, emendou.
Em 2009, o então deputado Edmar Moreira (MG) quase perdeu o mandato por ter sido
ressarcido pela Câmara por despesas feitas com empresa de segurança privada da qual
era sócio. Conhecido como o “deputado do castelo”, por causa de uma propriedade
excêntrica de sua família no interior de Minas, Edmar escapou da cassação no Conselho
 de Ética sob o argumento de que as normas da Casa não proibiam expressamente o uso
 da cota para o exercício da atividade parlamentar por empresas dos próprios parlamentares.
Depois de livrarem Edmar Moreira, os deputados resolveram então tornar explícita a proibição
 no Ato 43/2009, da Mesa Diretora: “Não se admitirá a utilização da dota para ressarcimento
 de despesas relativas a bens fornecidos ou serviços prestados por empresa ou entidade da qual o proprietário ou detentor de qualquer participação seja o deputado ou parente seu até o terceiro grau”.
Responsável pela pressão sobre Paulo Feijó, Lúcio Big disse que descobriu que o deputado
 abastecia no posto do genro graças a denúncias de internautas no site da OPS. “Tem pessoas
do Brasil inteiro que fazem essa fiscalização espontânea, então recebemos diariamente denúncias
 ou indícios de que algo possa estar errado. Neste caso, foi uma pessoa do estado dele que
levantou a questão de que o deputado provavelmente estaria utilizando de maneira
incorreta esse valor”, disse Big.
Para o ativista, o parlamentar não devolveria os recursos se não fosse alvo de
um abaixo-assinado. “Ele continua abastecendo naquele posto e acredito que
não devolveria se não tivéssemos descoberto esse caso”, analisou.
Em um vídeo publicado no Youtube, Lúcio Big afirmou que esse tipo de episódio
 mostra como a sociedade civil tem poder quando é capaz de apontar irregularidades
 e pressionar os parlamentares. “Temos obrigação de fazer o controle social”, defendeu.

Congresso em Foco

PF deflagra nova etapa da Lava Jato; André Vargas é preso Estadão Conteúdo

(Foto: Estadão Conteúdo)
O ex-deputado André Vargas (sem partido) foi preso na manhã desta sexta-feira, 10, em Londrina (PR) na nova etapa da operação Lava Jato denominada "A Origem", deflagrada nesta manhã. Ao todo, cerca de 80 Policiais Federais cumprem 32 mandados judiciais: sete mandados de prisão, nove mandados de condução coercitiva e 16 mandados de busca e apreensão nos Estados do Paraná, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

Nesta etapa, estão sendo investigados os crimes de organização criminosa, formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em licitações, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência envolvendo três grupos de ex-agentes políticos. 

A investigação vai além da Petrobrás e também abrange desvios de recursos ocorridos em outros órgãos públicos federais, segundo divulgou a PF. Também foi decretado o sequestro de um imóvel de alto padrão na cidade de Londrina, onde o doleiro Alberto Youssef começou sua atuação.

Os presos serão trazidos para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.
Estadão Conteúdo