O assassinato de policiais civis, militares, rodoviários e federais,
além de integrantes das Forças Armadas, da Força Nacional de
Segurança e do Sistema Prisional, seja no exercício da função ou
em decorrência do cargo ocupado, agora será considerado crime
hediondo e qualificado.
É o que determina o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 19/2015,
É o que determina o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 19/2015,
aprovado pelo Plenário do Senado na tarde desta quinta-feira (11).
O texto já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados no final
de março e agora segue para sanção.
Do deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ), o projeto altera
Do deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ), o projeto altera
o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/1940) e a Lei dos Crimes Hediondos
(8.072/1990) para qualificar o delito.
O agravamento da pena previsto no texto alcança o crime praticado
O agravamento da pena previsto no texto alcança o crime praticado
contra o cônjuge, companheiro ou parente até 3º grau do agente
público de segurança, quando o ilícito for motivado pela ligação familiar.
Em todos esses casos, a pena será de reclusão de 12 a 30 anos.
Em todos esses casos, a pena será de reclusão de 12 a 30 anos.
Hoje, a pena de homicídio simples varia de seis a 20 anos de prisão.
O projeto estabelece também que a lesão corporal cometida contra
agentes de segurança em serviço, e seus parentes, será aumentada
de um a dois terços.
A proposta tramitou em regime de urgência no Senado – o que permite
A proposta tramitou em regime de urgência no Senado – o que permite
o projeto avançar etapas e prazos. Por isso, o relator da Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Alvaro Dias (PSDB-PR),
adiantou seu voto favorável ainda na quarta-feira, no Plenário.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, destacou que o projeto é fruto
O presidente do Senado, Renan Calheiros, destacou que o projeto é fruto
de um acordo no Senado e classificou a matéria como um avanço para a
segurança pública do país. Segundo Renan, a proposta não vai resolver
por completo a questão da violência, mas representa um "passo importante".
Ele acrescentou que a segurança pública pede ações profundas como a
Ele acrescentou que a segurança pública pede ações profundas como a
repactuação das responsabilidades e a definição de fontes permanentes
para o setor.
- Há uma cobrança muito forte da sociedade. O Parlamento há anos estava
- Há uma cobrança muito forte da sociedade. O Parlamento há anos estava
devendo avanços sobre esse assunto – afirma.