segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Onze açudes da PB estão secos e outros 24 em estado crítico, diz Aesa

Relatório apontou que 74 de 121 açudes estão com menos 20% do volume.

Gerente da Aesa explica que não existe possibilidade de fazer análise geral.

Nem os maiores açudes, como o da Gamela, têm resistido à seca deste ano (Foto: Taiguara Rangel/G1)
Onze açudes paraibanos estão secos e outros 24 estão abaixo de 5% da sua capacidade. Conforme relatório de monitoramento da Agência Executiva de Gestão de Águas da Paraíba (Aesa), atualizado na quinta-feira (5), um total de 35 reservatórios paraibanos estão em estado crítico e outros 39 estão em sob observação, totalizando 74 reservatórios com menos de 20% da capacidade.
O gerente de monitoramento dos reservatórios da Aesa, Alexandre Magno, comentou que a situação não pode ser analisada sob uma perspectiva geral, mas caso a caso. “Alguns reservatórios são construídos com prazo de validade, para durarem cerca de um ano, dois anos. Outros de fato podem estar em uma situação crítica por conta da falta de recarga. Por isso não podemos afirmar que a Paraíba passa por um problema com seus reservatórios”, comentou.
A maior parte dos açudes que secaram fica na região da Borborema da Paraíba. Ao todo, sete reservatórios que entraram em colapso estão na região. Outros três ficam no Sertão da Paraíba e um no Agreste. O levantamento mostra que as chuvas caídas entre a quarta-feira e quinta-feiraem 54 cidades da Paraíba não foram suficientes para recarregar os reservatórios. Segundo os dados divulgados pela agência de meteorologia, os maiores índices foram registrados em São José dos Cordeiros, no Cariri paraibano, onde choveu 156,1 mm; e no distrito de São Gonçalo, onde fica o açude localizado no município de Sousa, no Sertão. A área recebeu chuva de 108,9 mm.
Os açudes que chegaram a 0% do volume por ordem alfabética são: Algodão, na cidade deAlgodão de Jandaíra, no Agreste; Bichinho, emBarra de São Miguel, na Borborema; Bom Jesus, em Carrapateira, no Sertão; Caraibeiras, em Picuí, na Borborema; Lagoa do Meio, em Taperoá, na região da Borborema; Paraíso, na cidade de São Francisco, no Sertão; Santa Luzia, na cidade de Santa Luzia, na Borborema; Serrote, em Monteiro, também na região da Borborema; São José IV, em São José do Sabugi, na Borborema; Taperoá II, em Taperoá, na Borborema paraibana; e por fim, o açude Novo II, na cidade de Tavares, no Sertão.
Ainda de acordo com Alexandre Magno, a maior parte dos açudes com volume abaixo de 20% não recebe uma recarga considerável há pelo menos dois anos. “Estamos entrando no nosso período chuvoso agora, em fevereiro. Então é normal que alguns deles estejam abaixo, até porque a demanda aumenta gradativamente com o tempo. Vamos aguardar o período chuvoso e então avaliar a situação”, concluiu o gerente da Aesa.
G1 Paraíba

Época: PF intercepta ligação de Gilmar Mendes a investigado no STF

De acordo com reportagem da semanal, ministro do Supremo ligou para Silval Barbosa no dia em que o ex-governador do Mato Grosso do Sul foi preso durante a Operação Ararath. Ministro da Justiça também conversou por telefone com o peemedebista

Com autorização judicial, a Polícia Federal interceptou ligações telefônicas entre o ex-governador do Mato Grosso do Sul Silval Barbosa (PMDB), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no dia em que o peemedebista foi preso durante a Operação Ararath. Silval acabou detido pelos agentes federais após busca e apreensão na sua residência encontrar uma pistola 380, três carregadores e 53 munições. A arma estava há quatro anos sem registro.

De acordo com reportagem de Filipe Coutinho na revista Época, Silval recebeu duas ligações no mesmo dia da prisão, logo após pagar R$ 100 mil de fiança. Nas conversa com Gilmar, o ministro do STF se oferece para conversar com José Dias Toffoli, o relator da Ararath no STF. Foi ele quem autorizou a PF a executar o mandado de busca e apreensão na casa do então governador. “Que absurdo! Eu vou lá [conversar com Toffoli], depois, se for o caso, a gente conversa”, afirmou Gilmar, despedindo-se da ligação com “um abraço de solidariedade”.
O ministro Gilmar Mendes com o ex-governador MS
Ednilson Aguiar/Secom-MT
Apesar da relação próxima, o ministro do STF, acrescenta a revista, não se declarou suspeito de votar em uma ação relacionada com a investigação. Ele foi convocado a desempatar um julgamento na primeira turma do STF. A Procuradoria-Geral da República queria que o principal operador do esquema, Éder Moraes, secretário da Casa Civil, da Fazenda e chefe da organização da Copa do Mundo em Mato Grosso nos governos de Blairo Maggi e Silval Barbosa, fosse preso novamente. O argumento é que ele tentaria fugir novamente. Gilmar votou contra o pedido.
Logo após a conversa com Gilmar, o peemedebista recebeu a ligação de Cardozo. A íntegra dos diálogos, assim como seus áudios, estão em um inquérito que tramita no STF. O ministro da Justiça, segundo a reportagem, queria saber se houve abuso policial na ação da PF. Silval negou, disse que eles “fizeram o trabalho deles na maior educação, tranquilo”. A investigação realizada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e corrupção no governo do Mato Grosso do Sul.
À Época, as assessorias de Gilmar Mendes e de José Eduardo Cardozo disseram que a conversa com Silval Barbosa foram no plano institucional. Segundo o ministro do STF, as expressões “que absurdo” e “que loucura”, presentes nos diálogos, foram usadas como interjeições, sem juízo de valor. Também negou que tenha conversado com Toffoli sobre o caso. Já Cardozo acrescentou ser sua responsabilidade investigar se a Polícia Federal cometeu abusos na execução do mandado judicial.
Congresso em Foco

Prefeitura e Senai abrem novas inscrições para cursos profissionalizantes

Deputado Raniery Paulino pede apoio a bacada federal para inclusão da microrregião de Guarabira no semiárido brasileiro



O deputado Raniery Paulino (PMDB) participou esta semana da primeira da reunião bacada federal em Brasília. O parlamentar estadual pediu aos colegas apoio na sua luta pela inclusão da microrregião de Guarabira no semiárido do Nordeste brasileiro. 

A microrregião de Guarabira está localiza na região do Agreste do Estado da Paraíba, composta pelos municípios de Alagoinha, Araçagi, Belém, Caiçara, Cuitegi, Duas Estradas, Lagoa de Dentro, Logradouro, Mulungu, Pilõezinhos, Pirpirituba, Serra da Raiz e Sertãozinho. Para apresentação do pedido, o deputado Raniery Paulino justifica que os aspectos físicos são próprios do semiárido, com relevo predominantemente suave-ondulado, cortado por vales estreitos e com vertentes dissecadas.

Segundo o parlamentar, uma das características que deve ser levada em conta da região é a vegetação basicamente composta por caatinga hiperxerófila, com trechos de florestas caducifólia. O clima é tipo tropical semi-árido e a precipitação média anual é de 431,8mm."Já conseguimos comprovar um dos fatores, mas ainda precisamos de um documento que comprove outras características. Com esta reunião, um grande passo foi dado para que Guarabira venha a se desenvolver mais rapidamente”, afirmou Paulino. 

Caso a região seja classificada como semiárido, as cidades serão beneficiadas com uma série de políticas públicas que podem alavancar sua economia. Entre vários benefícios, existe o incentivo fiscal para indústrias se instalarem na região. Como a carga tributária é menor, fica mais fácil a instalação de empresas no local.

De acordo Raniery, essa é uma luta que começou desde seu primeiro mandato quando na companhia de vários prefeitos e lideranças políticas da região, participou de eventos sobre o assunto e reuniões nos ministérios em Brasília.

Raniery Paulino recebeu o convite do coordenador da bacada, deputado federal Wilson Filho (PTB), para participar da reunião. Raniery destacou a disposição do senador Raimundo Lira em acompanhar o pleito.

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ASSESSORIA DE IMPRENSA

Cid Gomes e Ricardo Coutinho inauguram escola técnica na Paraíba

A Escola Técnica da cidade de Mamanguape foi construída com recursos federais e do Tesouro do Estado.

O governador Ricardo Coutinho e o ministro da Educação, Cid Gomes, inauguram, às 10h desta segunda-feira (9), a Escola Técnica Estadual do Vale do Mamanguape – João da Matta Cavalcanti de Albuquerque, abrindo oficialmente o ano letivo 2015 da rede estadual de ensino na Paraíba.
A Escola Técnica da cidade de Mamanguape foi construída com recursos federais e do Tesouro do Estado, cujos investimentos somam R$ 9.333.461,69. A unidade é a segunda a ser inaugurada. A primeira entregue à comunidade foi a da cidade de Bayeux. Ao todo, são seis escolas de cursos técnico-profissionalizantes que deverão funcionar no Estado.
A unidade tem capacidade para aproximadamente 1.200 estudantes, sendo 40 alunos por sala de aula. Serão ofertadas 160 vagas para a formação de quatro turmas nos cursos de Agronegócio e Manutenção e Suporte de Informática. Os cursos estão inseridos no eixo tecnológico: Recursos Naturais e Informação e Comunicação.

Secom-PB

Mercado prevê crescimento zero do PIB e inflação de 7,15% em 2015

Expectativa de crescimento deste ano passou de 0,03% para zero. Para inflação, estimativa de analistas avançou para 7,15% em 2015.

As estimativas do mercado financeiro para este ano continuam piorando. Segundo pesquisaconduzida pelo Banco Central na semana passada com mais de 100 economistas de instituições financeiras, o crescimento da economia deve ser zero em 2015; e a inflação deve atingir a marca de 7,15% – a maior em 11 anos.
A expectativa do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, que estava em 7,01% na semana retrasada, subiu para 7,15% na última semana. Foi a sexta alta seguida na estimativa para a inflação de 2015. Se confirmada, a taxa de 7,15% será a maior desde 2004, quando ficou em 7,6%. Para 2016, a previsão do mercado ficou estável em 5,60%.
Com isso, a estimativa do mercado para o IPCA de 2015 segue acima do teto do sistema de metas. A meta central de inflação para este ano e para 2016 é de 4,5%, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos. O teto do sistema de metas, portanto, é de 6,5%. Em 2014, a inflação somou 6,41%, o maior valor desde 2011.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, ficou em 1,24% em janeiro, depois de avançar 0,78% em dezembro do ano passado. Essa foi a taxa mensal mais alta desde fevereiro de 2003, quando ficou em 1,57%. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 7,14% - a maior desde setembro de 2011, quando o índice atingiu 7,31%.
Cenário para a inflação em 2015
Segundo analistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressionam os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.
O governo, para reorganizar as contas públicas, informou que não fará mais repasses para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) neste ano, antes estimados em R$ 9 bilhões. Com isso, a alta da energia elétrica neste ano pode chegar a até 40% em 2015.
Ao mesmo tempo, também anunciou o aumento da tributação sobre os combustíveis, o que pode gerar um aumento de mais de 8% na gasolina e de 6,5% no diesel nas próximas semanas. Com isso, os chamados "preços administrados", segundo o próprio Banco Central, devem subir pelo menos 9,3% em 2015, o maior aumento desde 2004 - quando avançaram 9,77%. O peso dos preços administrados no IPCA é de cerca de 25%.
PIB zero
Ao mesmo tempo em que elevaram sua estimativa de inflação para mais de 7% neste ano, os economistas do mercado financeiro também reduziram novamente sua previsão para o crescimento da economia brasileira em 2015.
Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015, os economistas baixaram a estimativa de alta de 0,03% para zero na última semana – na sexta queda consecutiva. Para 2016, a estimativa de expansão da economia permaneceu em 1,50% de alta na semana passada.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.
No fim de outubro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira saiu por pouco da recessão técnica no terceiro trimestre de 2014 – quando o PIB cresceu 0,1% na comparação com o trimestre anterior. De janeiro a setembro, a economia teve expansão de 0,2% frente ao mesmo período do ano passado. Já no acumulado em quatro trimestres até setembro, a alta foi de 0,7%.
Em janeiro, durante encontro reunião do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que espera um PIB "flat" (próximo de zero) neste ano. Ele anunciou, nas últimas semanas, aumentos de tributos e medidas para conter gastos públicos com o objetivo de resgatar a confiança na economia brasileira.
Taxa de juros
Para a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que avançou recentemente para 12,25% ao ano, a expectativa do mercado é de 12,5% ao ano no fim de 2015 – o que pressupõe um novo aumento na taxa Selic. Para o término de 2016, a previsão do mercado é de que juros somem 11,5% ao ano.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. Em 2015 e 2016, a meta central é de 4,5% e o teto é de 6,5%.
Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 permaneceu em R$ 2,80 por dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 2,90 por dólar.
A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2015 ficou estável em US$ 5 bilhões. Para 2016, a previsão de superávit comercial avançou de US$ 10,5 bilhões para US$ 12 bilhões.
Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil avançou de US$ 59,2 bilhões para US$ 60 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte ficou caiu de US$ 60 bilhões para US$ 59,5 bilhões.

G1