quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Aécio pode renunciar no 1º turno para apoiar Marina, diz jornal

Aécio Neves (PSDB) está na terceira posição da disputa, segundo pesquisasAécio Neves (PSDB) está na terceira posição da disputa, segundo pesquisas

A eleição presidencial de 2014, até então diferenciada pela inédita disputa entre três grandes forças, pode voltar à antiga bipolaridade. Isso porque, segundo informações do jornal Valor Econômico, assessores ligados ao candidato do PSDB, Aécio Neves, sondam a possibilidade de uma renúncia na candidatura tucana e consequente apoio à Marina Silva, do PSB.

Aécio Neves, candidato à presidência pelo PSDB, começou a disputa eleitoral como segunda força do pleito, atrás apenas da atual presidente Dilma Rousseff (PT). As semanas se passaram e a corrida foi tomando novos rumos. O PSB confirmou a candidatura de Marina Silva, no lugar do falecido Eduardo Campos, e a antiga vice da chapa ganhou força nas pesquisas.

De acordo com as opiniões ouvidas nas ruas, Marina recebeu votos dos indecisos e, principalmente, de Aécio. O tucano ficou para trás e viu a possibilidade de disputar o segundo turno cada vez mais remota. No debate da última segunda-feira (1º), Aécio Neves teve papel secundário, foi questionado menos que suas adversárias e acabou por consolidar uma posição de espectador na disputa.
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O PSDB já se prepara para apoiar Marina Silva num possível segundo turno. A crescente da candidata do PSB aparenta não ter fôlego suficiente para vencer a petista já na primeira fase das eleições. No entanto, segundo matéria do Valor Econômico, surge a possibilidade de uma drástica mudança no cenário eleitoral.

Apesar de remota, alguns tucanos defendem que a derrota de Aécio Neves já é certa e, na tentativa de tirar o PT do poder, pessoas próximas ao candidato defenderiam sua renúncia antes mesmo do dia cinco de outubro, quando acontece o primeiro turno das eleições.

Na última pesquisa realizada, divulgada no dia 29 de agosto, Marina Silva aparece empatada com Dilma Rousseff, com 34% das intenções de voto. Aécio Neves tem o terceiro lugar consolidado, com 15%. A estratégia tucana, em um cenário sem Aécio, aposta que seu eleitorado migraria automaticamente para o lado de Marina, passando assim dos 50% de votos e vencendo já no primeiro turno.

Aécio Neves desmente renúncia à candidatura e ataca Marina Silva

Junto de FHC, Aécio Neves (PSDB) negou que irá deixar disputa eleitoral (Foto: TABA BENEDICTO/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)Junto de FHC, Aécio Neves (PSDB) negou que irá deixar disputa eleitoral (Foto: TABA BENEDICTO/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO …
Aécio Neves, candidato a presidência pelo PSDB, se movimentou às pressas para negar os boatos que surgiram na tarde desta terça-feira (2). O tucano convocou a imprensa, em São Paulo, para desmentir as informações de que ele poderia deixar a disputa eleitoral antes do primeiro turno, favorecendo assim Marina Silva (PSB) e garantindo o fim da hegemonia petista no comando do país.

De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, assessores ligados à campanha de Aécio Neves cogitaram a retirada da candidatura do tucano, visando o fortalecimento de Marina Silva na corrida à presidência e, assim, acabando com a atual hegemonia do PT. Prontamente, Aécio Neves convocou coletiva de imprensa e rechaçou os boatos. "Vou lutar até o último instante" disse em frente aos jornalistas.

Ao lado de parlamentares e dirigentes do PSDB, o candidato garantiu que segue na disputa e mostrou que sua estratégia será partir para o ataque da pessebista. Citando o episódio do erro editorial no programa de governo de Marina - quando a candidata voltou atrás na questão do casamento gay, por exemplo -, o tucano a definiu como uma "metamorfose ambulante". Batendo nesta tecla, e com um discurso mais duro, Aécio afirmou que "é preciso que o Brasil conheça as reais convicções de Marina".
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso esteve o tempo todo ao lado do companheiro. Defendendo a candidatura de Aécio, FHC se mostrou otimista quanto aos números apresentados nas últimas pesquisas eleitorais: "já vi muito sobe e desce em campanha", disse.


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