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A Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) já havia elaborado uma carta com teor semelhante, encaminhada ao ministro Cardozo no fim do ano passado, assinada apenas pelos diretores. Agora, o texto foi ampliado e se transformará numa espécie de abaixo-assinado para aumentar a pressão política e tentar reverter o corte orçamentário.
Os delegados acusam o governo de fazer um acordo com o relator do Orçamento no Congresso, deputado Ricardo Barros (PP-PR), para concretizar o corte de investimentos e custeio da PF.
O manifesto enfatiza que, com um orçamento reduzido, a PF não terá condições de detectar desvios de dinheiro público tal como aconteceu na Operação Lava Jato, que já recuperou R$ 2,5 bilhões, e na Operação Zelotes, que, segundo estimativas da organização, evitou que outros R$ 25 bilhões fossem desviados.
“Não é possível concordar com os cortes e contingenciamentos impostos à Polícia Federal, visto que, mais do que despesas, os recursos aportados na instituição representam investimento em um dos mais relevantes direitos da cidadania – a segurança – sem o qual não é possível exercer, em sua plenitude, nenhum dos demais direitos individuais”, diz o manifesto.
A alternativa ao corte orçamentário proposta pela ADPF é a aprovação de uma emenda constitucional que garante a autonomia financeira e administrativa da instituição.
“O ajuste fiscal do governo não pode ser feito com sacrifício da Polícia Federal”, argumenta Carlos Sobral, presidente da associação.
Fonte:Congresso em foco
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