quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Oposição pede 61 indiciamentos na CPMI da Petrobras Texto paralelo amplia lista de investigados listados em relatório petista. Tucanos tentam demonstrar comprometimento de Dilma e Lula no esquema de corrupção



Relatório tucano pede indiciamentos e aprofundamento de investigações

A oposição apresentou na tarde de quarta-feira (17) um relatório alternativo à CPI mista da Petrobras, em sua última reunião formal, como contraponto ao relatório sem indiciamentos lido na semana passada pelo relator do colegiado, deputado Marco Maia (PT-RS). Entre outras coisas, o texto paralelo pede o indiciamento de 61 investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e a destituição de todas a cúpula da Petrobras, incluindo a presidente da estatal, Graça Foster – que reafirmou hoje (quarta, 17), em reunião com jornalistas, que seu cargo está à disposição da presidenta Dilma Rousseff.
Estão na lista de indiciamentos da oposição os nomes de 59 diretores e ex-diretores da estatal, agentes privados de grandes empreiteiras e políticos desta legislatura, como André Vargas (PT-RS), cassado no último dia 10, e Luiz Argôlo (SD-BA), cujo mandato está nas mãos do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).  Também foi feito, separadamente no relatório, pedido de indiciamento de Graça Foster e do atual diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza.
O texto alternativo tem 165 páginas, com anexo ainda mais volumoso (365 páginas). Embora nem Dilma nem o ex-presidente Lula estejam na lista de pedidos de indiciamento, o relatório oposicionista diz que a Petrobras foi vítima da “sanha de um partido político (PT)” que, em conjunto com parlamentares de outras siglas, lançou mão de “mecanismos criminosos para manter-se no poder, não importando o custo de tal empreitada”. E, tentando demonstrar a ligação de Dilma e Lula com o esquema de corrupção, Sampaio recorre a matérias de jornal.
“[...] relatamos um último fato que, sem dúvida, merece registro para evidenciar a proximidade de Paulo Roberto Costa [ex-diretor de Abastecimento, que está sob delação premiada], um dos chefes desta organização criminosa, com Dilma e Lula. Em 2009, O Estado de S. Paulo noticiou que a então ministra-chefe da Casa Civil do ex-presidente Lula, Dilma Rousseff, que também fazia parte do Conselho de Administração da Petrobrás, havia reclamado da determinação do Tribunal de Contas da União no sentido de paralisar obras públicas do governo federal, inclusive das 13 que faziam parte do PAC. Para a ex-ministra [...], a paralisação causaria custos adicionais e, por isso mesmo, naquela ocasião, ela disse para o jornal: ‘É impossível a paralisação, os custos são muito grandes’”, registra o texto.
POR FÁBIO GÓIS/Congresso em Foco

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