quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Convido você a participar da Homenagem a Elizabete Teixeira Confirmação da Medalha do Mérito Universitário

No dia 12 de agosto de 2011, data em que rememoramos, com pesar, o brutal e covarde assassinato da líder sindicalMARGARIDA MARIA ALVES, o Núcleo de Estudos Rurais – NER - da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), no intuito de manter viva a memória da luta camponesa, concederá a ELIZABETH ALTINA TEIXEIRA, por notório merecimento, enquanto liderança das ligas camponesas, a homenagem de confirmação da Medalha do Mérito Universitário, em reconhecimento às ações por ela protagonizadas na década de 60, juntamente com seu esposo João Pedro Teixeira, líder assassinado no mesmo período, por conta da sua atuação na luta pela conquista e afirmação de direitos para os camponeses.
Diante do exposto, convidamos a todos para participar desse importante evento.
Programação
Abertura: 19:30 Horas
Mesa Redonda: Elizabeth Teixeira
Prof. Alder Júlio Calado
Profª. Patrícia Cristina Aragão
Homenagem e entrega da Medalha do Mérito Universitário
Abertura do concurso de redação e artigos científicos sobre as mulheres e os movimentos sociais no campo.
Encerramento: Coquetel - 21:30 Horas

Conheça um pouco da história de Elizabeth Altina Teixeira

No Sertão, ainda se morre de fome e de bala, como nos tempos de João Pedro Teixeira, mas alguma coisa mudou – as ligas camponesas deram frutos e engendraram os milhares de sindicatos de trabalhadores rurais e suas federações, prova de que o povo se organiza e conduz a luta de outra forma. Assim fala o grupo Tortura Nunca Mais/RJ (GTNM/RJ), na ocasião da Medalha Chico Mendes concedida a Elizabeth Altina Teixeira há cerca de 20 anos.

Paraibana, hoje com 84 anos, Elizabeth é viúva do líder sindical João Pedro Teixeira, o “cabra marcado pra morrer” do filme homônimo (Brasil, 1984) do cineasta Eduardo Coutinho. De inicio, ela não participava na luta de João Pedro, na Paraíba, quando ele resolveu reunir os camponeses para criar uma associação para defender os seus direitos. Quando os latifundiários perceberam que as ligas camponesas estavam cada dia mais fortes, resolveram assassinar João Pedro, morto em abril de 1962. Dois de seus filhos também foram assassinados. Sua filha mais velha não suportou o sofrimento e, inconformada com a impunidade diante do assassinato do pai, se suicidou.

Com a morte de João Pedro, Elizabeth Teixeira assumiu a direção da liga. Foi perseguida e injuriada, mas nunca desistiu nem deixou de reclamar, junto aos proprietários, os direitos dos companheiros.

Após o golpe de 64, Elizabeth foi presa por mais de dois meses; ao sair da cadeia, para escapar das perseguições, teve de fugir com um dos filhos para o Rio Grande do Norte, onde viveu 17 anos clandestinamente, com outro nome. Trabalhou colhendo feijão e arrancando batata. Ela e os filhos passaram fome. Elizabeth lavou pratos, lavou roupas, precisava tocar a vida, apesar da dureza do destino e da raiva dos assassinos de João Pedro.

Vivia escondida para não ter o mesmo fim do marido. Em 1980, foi encontrada pelo diretor Eduardo Coutinho que queria terminar o seu filme sobre as ligas camponesas; e reencontrou o filho Abrão. Depois desse encontro, ficou mais fácil localizar os outros filhos. Em 1981, retomou seu nome de batismo, Elizabeth Altina Teixeira.
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