sábado, 21 de maio de 2011

Frei Anastácio diz que assentados já estãomobilizados contra instalação de fábrica de cimento

Assentados da reforma agrária da grande Mucatu, que fica nos municípios de Conde, Alhadra e Pitimbu estão mobilizados contra a instalação de uma fábrica de cimento no local. “Segundo o Deputado Estadual Frei Anastácio (PT), enquanto essa fábrica promete gerar 500 empregos, os assentamentos da grande Mucatu geram 15 mil empregos diretos e indiretos no campo e na cidade”, disse o parlamentar, ao afirmar que as famílias não aceitam a instalação de fábrica dentro dos assentamentos e estão lutando para impedir que isso aconteça.

Além dos empregos, segundo Frei Anastácio, a produção de alimentos dos assentamentos abastece muitas cidades, a exemplo de Conde, Alhandra, Pitimbu e João Pessoa e o excedente é vendido para outros estados. “Para se ter uma ideia, só a produção de inhame chega a 33 mil toneladas por ano; banana, 16.300 toneladas; feijão verde, 630 toneladas; coco: seis mil toneladas; mamão, 1.700 toneladas, entre outros produtor”, informou.

O petista lembra que essa grande produção de alimentos, em cerca de cinco mil hectares, ajuda ainda a regular e controlar o valor dos preços dos produtos nas feiras e centrais de abastecimento. Sem essa grande produção de Mucatu, segundo o deputado, seria necessário importar mais produtos de outros estados e isso iria encarecer no preço final ao consumidor.

A desapropriação de lotes de terras dos assentamentos da grande Mucatu está sendo feita pela Prefeitura de Alhandra, de acordo com Frei Anastácio que teve acesso ao processo na justiça daquele município. Ele informou que as 900 famílias que moram nos assentamentos estão realizando reuniões constantes e não aceitam a desapropriação. “As famílias estão dispostas a lutar para defender a terra que foi conquistada com muita luta, suor e sangue”, afirmou.

A desapropriação dessas terras, segundo Frei Anastácio, iria gerar um grande problema social para essas famílias, que não teriam espaço em outro tipo de mercado de trabalho, a não ser na agricultura. “Sem terras para trabalhar e produzir o sustento, essas famílias iriam engrossar os bolsões de pobreza nas periferias das cidades”, argumentou Frei Anastácio.

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